segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Fonte: Ônibus Legal
Por Thamires Lopes

Rio de Janeiro, um calor bem típico, bem carioca, uns 40 graus batendo no termômetro de rua. Meu destino? Realengo e para lá apenas uma linha de ônibus, um coletivo, que quando ele aponta, até onde minha visão alcança, eu já rezo para que eu consiga ver uma “fresta”. Um raio de luz, a alegria se instala quando vejo o fundo do ônibus, mas, na maioria das vezes, não vejo nada, só pessoas amontoadas tentando um espaço praticamente para sobreviver. Enfim o 803 – esse é o número do transporte tão repleto de calor humano – se aproxima e vejo um ônibus com cara de mau, que não faz questão que eu comece bem o meu dia, entro nele e começa a luta para conseguir meu lugar ao sol, ou, melhor, lugar onde eu possa me segurar e assegurar.

 
Pessoas sofridas como eu, se esbarram quando chegam ao destino, é praticamente uma corrida para a liberdade, antes que o portal se feche. 


Depois de longos 30 minutos ali, em pé sem nenhum lugarzinho para que eu possa sentar, fechar os olhos e relaxar, eu chego ao destino. Comemoro minha libertação e passagem pelo tal portal, sinto a liberdade e o “desaperto”, mas só até o meu caminho de volta.
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3 comentários :

  1. Muito bom! Infelizmente é a realidade dos brasileiros.

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  2. É amiga também passo pela mesma sina. Quando estudava com você de manhã, era um inferno ir para a faculdade nessa carroça (803), mas a noite é mil vezes pior. Já experimentou pegar essa porcaria todo santo dia, às 17:00 da tarde. Não desejo isso nem para o pior inimigo.

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  3. é bem tenso pegar esse onibus todos os dias! kkkk

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