Fonte: Arionauro Cartuns |
Por Camila Dias
Circo, chiqueiro ou um camelô ambulante? Fica difícil responder com o que se parece o ônibus. Lembro-me da época em que eu era uma criança e adorava passear pelos bairros de ônibus, segurando um saco de biscoito e bebendo uma coca-cola gelada. Isso tudo era feito ao lado da mamãe ou da titia. Ambas odiavam usar o mesmo para se deslocar, porém, era necessário quase todo o dia. Já eu, uma pequena menina, moradora da Zona Oeste, adorava. Era uma distração, sabe?
12 anos se passaram...
O transporte público no Brasil é essencial para a maioria da população, não por gosto, mas por necessidade. Afirmo mais: todos os que precisam, vivem uma grande aventura ao usufruir deste meio. Em um ônibus tudo pode acontecer, ou melhor, aparecer. Funkeiro, vendedor, velha chata, mendigo, ladrão e, até mesmo, uma barata. Isso mesmo, uma barata.
Lembro-me de um dia de sol, 40º graus na cidade maravilhosa. O meio de transporte coletivo (mais conhecido como ônibus e carinhosamente chamado de busão) lotado e todos como, sardinhas enlatadas. Eis que algo estranho acontece. Um grito de cá, outro de lá. Um pula de lá e outro de cá. Quando resolvo descobrir o que de fato estava acontecendo, vejo um ser enorme voando de um lado para o outro. Barata! Barata! Barata! Para motorista, para! Gritos histéricos soavam naquela condução...Até que então, um homem tomou coragem e resolveu ser diferente da maioria e puft, esmagou aquele bicho nojento que por alguns segundos, tornou-se mais atraente do que a paisagem que cercava aquele lugar. Ela morreu e tudo se acalmou. “Siga viagem, piloto”, gritou uma senhora de aparentemente, 70 anos.
Seria cômico, senão fosse trágico, mas é. Essa foi uma das situações engraçadas e decepcionantes que a sociedade vivencia. Vivencia não por querer ou gostar, mas sim, por necessitar.
Oláa!
ResponderExcluirDivertidíssima a crônica *-* Que situação hein? KKKK
Eu passei por uma dessas não tem muito tempo, mas como ninguém mais reparou, acabei ficando na minha e só sambando de um lado para o outro no ônibus, fugindo das bichinhas (Sim, era mais de uma!), sorte que eram aquelas bem pequenas, então não fiquei com muito medo, kkkkkkkk.
Nanda,
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