Engarrafamento,
calor, transporte lotado, cansaço... Quando tudo parecia não poder piorar, seu
colega do lado começa a ouvir “ah lelek, lek, lek...”. O som é tão alto, que a
sua distração passa a ser, descobrir quem é o DJ da vez. Consequentemente,
todos os passageiros são obrigados a acatar a música. Para não dizer, ruídos
sonoros, pois se misturam com as freadas do ônibus, buzinas e discussões no
transito.
Você tem
que se submeter ao estilo musical do outro, porque simplesmente, o cidadão não
usa os fones de ouvido.
No estado
da Paraíba, é
proibido o uso de aparelhos sonoros em transportes públicos. A lei não admite a
utilização dessas mídias em trens, ônibus ou balsas. Aqueles passageiros que
desobedecerem à nova ordem pagarão uma multa de R$ 1 mil. Essa instrução vale
também para as empresas que consentirem o descumprimento da lei.
Amanda
Ribeiro já discutiu no ônibus por causa disso: “O sujeito estava ouvindo funk
proibido, ao lado de uma mulher com crianças. A cada pornografia, uma pergunta
cabeluda que a mãe não sabia responder e ficava constrangida. Eu comecei a
reclamar e aí, como em todo transporte: a falação foi geral. No final, a gente
colocou ele pra fora do ônibus”, conta.
Outro
fato que Amanda nos conta são os conflitos musicais dentro de um mesmo
ambiente. “De fato, música coletiva não é o meu forte. Até porque às vezes, a
gente tem a guerra do celular mais potente. Um coloca o funk, o outro, com
raiva, coloca música evangélica e quando você vê, virou feira musical
ambulante”, complementa a entrevistada.
O último
ponto que podemos inserir nesta reflexão são as pessoas que gritam ao falar no
celular. É impressionante como em poucos minutos conseguimos saber tudo da vida
daquele indivíduo que fala, ou melhor, berra ao celular. “Às vezes a pessoa
fala tão alto em uma ligação, que a gente desce do ônibus com a sensação de ter
acabado de ler uma biografia”, comenta Amanda.
Alguns Estados já estão proibidos o uso de tais aparelhos. Entretanto, a
discussão não para por aí. Além das leis e das multas, devemos, antes de tudo,
ter bom senso e pensar no próximo antes de agir. Talvez o que nos falte é
aprender a viver em sociedade. Sejam gritos, músicas ou ruídos sonoros,
independente de todos esses fatos, pensemos agora se estamos violando o
respeito à individualidade de cada um.
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