segunda-feira, 18 de novembro de 2013

Fonte: Imagem do Google
Por Ellen Alves

Nos últimos anos, a população no Rio de Janeiro cresceu consubstancialmente, visto que a partir de então, os governos municipal e estadual, pela primeira vez em décadas deram início, mesmo que ainda de forma discreta, a retomada do poder nas mais diversas áreas. Com isso e com candidaturas a eventos de porte internacional, a exemplo das Olimpíadas e Copa do Mundo, o cenário da Cidade Maravilhosa era promissor na segunda metade do início dos anos 2000.
A Zona Oeste, maior área do município e responsável por uma população que gira em torno de três milhões de habitantes, teve seu aumento populacional não somente ligado a programas do governo “Minha Casa, Minha Vida”, mas também, ao crescimento do pólo industrial e comercial que atingiu a região nos últimos anos.
O crescimento populacional, industrial e comercial, aconteceu de maneira repentina, abrupta. O que fez com que serviços básicos como saúde, educação e transportes ficassem defasados resultando em um imenso transtorno para a população. 
Em relação aos transportes, um aspecto é muito sintomático, uma vez que boa parte das pessoas que vivem na região trabalham e ou estudam em outras áreas da cidade, ou até mesmo na própria Zona Oeste. No entanto, em distâncias onde o serviço de transporte é praticamente inoperante, ou não dá conta do fluxo de pessoas, a exemplo dos trens, principalmente nos horários de pico.

É de conhecimento notório que os transportes sob trilhos carregam um número de pessoas muito maior que o sob rodas e evitam os temidos congestionamentos. Porém, ao que parece, é preferível e mais barato investir em ônibus e a população arcar com as conseqüências de conduções lotadas e trânsitos que mais parecem labirintos, a exemplo da região de Jacarepaguá, que investir em uma solução.
Serviços como vans, principalmente na região entre os bairros de Campo Grande e Sepetiba, fazem, por vezes, ao invés do transporte alternativo, o transporte essencial. Uma vez que a frota de ônibus é baixa e dependendo do horário praticamente inexistente. Entretanto, há de se reconhecer que criação do corredor exclusivo, BRT (Bus Rapid Transit) que liga a região de Santa Cruz a Barra da Tijuca e se estenderá a Campo Grande, facilita de forma ágil e confortável, fora do horário de pico, o trajeto de muitos que diariamente utilizam o serviço.
A questão dos transportes na região da Zona Oeste se resume a uma única palavra: investimento. É necessário que haja o investimento consciente principalmente voltado para os meios que reduzem a quantidade de automóveis nas ruas, como o transporte ferroviário, por exemplo. Corredores exclusivos são, de fato, medidas que auxiliam, mas não resolvem. Entretanto, com devido direcionamento é possível encontrar soluções para esse dentre tantos outros problemas crônicos na região.

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